segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Construções Romanas
















Roma



O Ócio
O século de Augusto trouxe paz e prosperidade económica proporcionada pelas conquistas e pelo bom governo, possibilitando aos romanos o usufruto do ócio. Dos povos que influenciaram os romanos, destacam-se os Gregos que de quem copiaram a língua grega, falada e escrita, passou a ser praticada entre as elites cultas como uma segunda língua - mãe: os hábitos de luxo instalaram-se nos lares, o interesse pela filosofia, pela música e pelas artes dominaram os meios intelectuais. Entre os ricos, o luxo invadiu as residências, os banquetes e os salões privados eram frequentes e a ida às termas um hábito indispensável e cada vez praticado como ritual social. Como divertimentos públicos popularizaram –se os jogos: o Grande Circo eram corridas de cavalos, para seleccionar o melhor animal, cujo vencedor era sacrificado solenemente para purificação do solo. As Grandes Procissões que se tratavam de representações teatrais, na via pública, tratando-se de uma espécie de mascarada que tinha como objectivo a prestação do culto aos deuses que para tal eram retirados dos seus templos. Os combates entre Gladiadores, que tinham como cenário os anfiteatros, nos quais os combatentes entre condenados à morte, prisioneiros ou escravos revoltados, cujo sacrifício humano era oferecido aos deuses. Os combates entre feras, referenciados para II aC. , entre animais e entre animais e homens desde o tempo do Imperador Nero, que se tornaram uma prática corrente. A violência e o carácter sanguinário destes jogos, funcionavam como uma forma de canalizar o descontentamento da plebe urbana, apesar da crítica das classes mais cultas as mais ricas preferiam o conforto das suas villas campestres onde o gosto pela arte, pela leitura, filosofia e literatura ocupava os seus tempos de lazer.




Os tempos de lúdico
Patente de invenção de "aperfeiçoamento em aparato lúdico tendo como tema o coliseu romano". Trata esta patente de aperfeiçoamento introduzidos em aparato lúdico inspirado em temas e personagens ligados à roma do tempo do césares, mais especificamente aos jogos entre gladiadores, realizados no coliseu, compondo um jogo apaixonante e carregado de tensão, que utiliza um tabuleiro de especial configuração. A novidade consiste de um tabuleiro exibindo dois guias alongados e rígidos, disposto sobre um apoio central e um suporte perimetral, correspondendo ao coliseu romano, possuindo casas vazadas que correspondem a armadilhas, outras demarcadas com um símbolo, quatro compartimentos nas quinas do tabuleiro, correspondentes à posição de cada jogador, com cada lateral apresentando em sua parte mediana uma armadilha rodeada por duas casas para o leão e uma para armas, cada jogador utilizando como peças um conjunto de bonecos estáticos miniaturizado, representando exércitos de gladiadores, sendo estas peças ser movidas de acordo com uma das 56 cartas de movimentação de forma a poder se aproximar a atacar outros jogadores, empurrando-as para armadilhas, o conjunto tendo também uma miniatura que reproduz um leão, quatro cartas correspondentes a armas, uma carta relativa ao leão e 8 cartas correspondentes aos veredictos do próprio imperador, além de um dado.



Os jogos do circo
O Circo Máximo (em latim Circus Maximus, italiano Circo Massimo) foi uma arena antiga e local de entretenimento na antiga Roma. Situada no vale entre a Colina Palatina e a Colina Aventina, este local foi inicialmente utilizado para jogos e entretenimento pelos reis etruscos de Roma. Certamente, os primeiros jogos romanos (ludi romani) eram desenrolados neste local por Tarquínio Prisco, o primeiro governante etrusco da cidade. Mais tarde, no século II a.C., o Circus seria palco para jogos, festivais e corridas de bigas, uma clara influência dos gregos. Numa tentativa de ir ao encontro das exigências dos cidadãos de Roma, Júlio César expandiu o Circo por volta de 50 a.C, aumentado a pista para, aproximadamente, 600 metros em comprimento, 225 metros em envergadura, permitindo acomodar cerca de 150.000 lugares sentados (outros tantos, em lugares em pé). Mais tarde, o imperador Tito construiu o arco que levou seu nome na extremidade, no Fórum Romano, enquanto o imperador Domiciano ligou o seu novo palácio, na colina Palatina, ao Circo, para poder assistir às corridas de suas varandas. O imperador Trajano iria mais tarde adicionar outros cinco mil lugares e expandir a zona imperial, numa tentativa de obter maior visibilidade durante os jogos. O Circo chegou a ter sua capacidade ampliada para 385.000 lugares, no total. Hoje em dia restam em pé algumas poucas ruínas da sua estrutura, e a área descampada que era ocupada por sua extensão é utilizada pelos romanos como uma área de lazer ao ar livre.


A preocupação com as artes

A arte romana sofreu duas fortes influências: a da arte etrusca popular e voltada para a expressão da realidade vivida, e a da greco-helenística, orientada para a expressão de um ideal de beleza.Um dos legados culturais mais importantes que os etruscos deixaram aos romanos foi o uso do arco e da abóbada nas construções.



ARQUITETURA

características gerais da arquitetura romana são:
* busca do útil imediato, senso de realismo;

* grandeza material, realçando a idéia de força;
* energia e sentimento;
* predomínio do caráter sobre a beleza;

* originais: urbanismo, vias de comunicação, anfiteatro, termas.

PINTURA

Mosaico foi muito utilizado na decoração dos muros e pisos da arquitetura em geral.A maior parte das pinturas romanas que conhecemos hoje provém das cidades de Pompéia e Herculano, que foram soterradas pela erupção do Vesúvio em 79 a.C. Os estudiosos da pintura existente em Pompéia classificam a decoração das paredes internas dos edifícios em quatro estilos.Primeiro estilo: recobrir as paredes de uma sala com uma camada de gesso pintado; que dava impressão de placas de mármore.Segundo estilo: Os artistas começaram então a pintar painéis que criavam a ilusão de janelas abertas por onde eram vistas paisagens com animais, aves e pessoas, formando um grande mural.Terceiro estilo: representações fiéis da realidade e valorizou a delicadeza dos pequenos detalhes.Quarto estilo: um painel de fundo vermelho, tendo ao centro uma pintura, geralmente cópia de obra grega, imitando um cenário teatral.


ESCULTURA
Romanos eram grandes admiradores da arte grega, mas por temperamento, eram muito diferentes dos gregos. Por serem realistas e práticos, suas esculturas são uma representação fiel das pessoas e não a de um ideal de beleza humana, como fizeram os gregos. Retratavam os imperadores e os homens da sociedade.Mais realista que idealista, a estatuária romana teve seu maior êxito nos retratos. Com a invasão dos bárbaros as preocupações com as artes diminuíram e poucos monumentos foram realizados pelo Estado. Era o começo da decadência do Império Romano que, no séc. V - precisamente no ano de 476 - perde o domínio do seu vasto território do Ocidente para os invasores germânicos.


MOSAICO
Partidários de um profundo respeito pelo ambiente arquitetônico, adotando soluções de clara matriz decorativa, os masaístas chegaram a resultados onde existe uma certa parte de estudo direto da natureza. As cores vivas e a possibilidade de colocação sobre qualquer superfície e a duração dos materiais levaram a que os mosaicos viessem a prevalecar sobre a pintura. Nos séculos seguintes, tornar-se-ão essenciais para medir a ampliação das primeiras igrejas cristãs.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

TEMPLO DO PÁRTENON

TEMPLO DO PÁRTENON


O Templo do Parthenon foi reconstruído sobre estruturas já existentes, no tempo de Péricles, para celebrar a vitória contra os Bárbaros. Pretendia ainda simbolizar a hegemonia de Atenas sobre as restantes cidades gregas no que se refere à cultura, à capacidade naval, ao comércio e à política em que se destacava a sua organização democrática.
O seu nome significa "casa da virgem" e foi dedicado a Athena Pallas, deusa dos atributos guerreiros e da sabedoria, guardiã e protectora da cidade-estado Atenas.
Esta construção assinala o apogeu da arquitectura grega, sendo o edifício mais carismático e esbelto e o maior templo da Grécia Antiga, e demorou 11 anos (447-436 a.C.).
Os artistas que se destacaram na sua construção e decoração foram o escultor Fídias e os arquitectos Íctino e Calícrates.
É um templo dórico, cujas colunas têm um capitel geométrico e muito simples, em forma de almofada. É ainda períptero, por ter colunas a toda a volta, e octástilo pois possui oito colunas na fachada anterior, de entrada, e posterior, e dezassete - o dobro mais uma - nas fachadas laterais; assenta sobre uma plataforma com três degraus e possuía uma rampa de acesso.

O edíficio é rodeado por uma colunata que contorna o peristilo, suporta a arquitrave, o friso e a cornija e que lhe confere um carácter particular, onde se une força, robustez e elegância.
O seu corpo central é dividido em três espaços: o pronaos, o naos ou cella, que continha a estátua criselefantina (feita em ouro e marfim) de 12 metros de altura, da deusa Atena Parteno, executada por Fídias, e o opistódomos onde se encontrava guardado o tesoura da "Liga de Delos", que estava a cargo de Atenas. O pronaos e o opistódomos abrem-se sobre um pórtico interno com seis colunas.


A cobertura do templo era feita por um telhado de duas águas, que formava os frontões triangulares que eram preenchidos por relevos. Era decorado com cores vivas tais como o vermelho, o azul e o dourado e foi construído em mármore branca que com o tempo adquiria um suave tom dourado.


A decoração esculpida encontra-se nos frisos e nos frontões: no friso exterior estão representadas quatro lendas bélicas - na fachada meridional, a luta dos Centauros contra os Lápitas, na fachada ocidental a luta dos gregos contra as Amazonas, na fachada setentrional a tomada de Tróia e na fachada oriental a luta dos Deuses contra Gigantes; no friso interior, ao longo da parte superior das paredes exteriores da cella, situa-se o friso jónico contínuo da Procissão das Grandes Panateneias (personagens e animais, organizados em desfile transportando o novo manto em ouro que as jovens atenienses ofereciam à deusa Atena, de quatro em quatro anos); no frontão este está representado o nascimento de Atena, saindo da cabeça de seu pai, Zeus, e no frontão oeste, a disputa da Ática por Atena e Poseídon.


Colunas dóricas do templo

Pormenor do frontão, dos frisos e das colunas do templo


Relevo da fachada meridional - Luta dos Centauros contra os Lápitas




Relevos das paredes exteriores da cella - Procissão das Grandes Panateneias



Detalhe da parte superior do templo, mostrando a inserção do relevo nas métopas

Os deuses a assistir á Procissão das Panateneias (fig. cima - Poseídon, Apolo e Artemisa; fig. baixo - Atenas e Hefestos)

Relevo da fachada setentrional a tomada de Tróia



Relevos do frontão do templo

Toda a estrutura do templo do Pártenon pode ser lida de uma maneira significativa: o povo eram as colunas; o conjunto dos pórticos de entrada, encimados pelo frontão e colocados paralelamente, funcionavam como orgãos do tear, que era o símbolo de todos os lares gregos e por último, o engrossamento das colunas, provocado pela entasis, sugerem visualmente as velas de um barco insufladas pelo vento, que simbolizam o poder bélico e económico de Atenas.







O TEMPLO DE ATENA NIKÉ

O templo de Atena Niké ou Niké Áptera (que significa vitória sem asas) é um hino á deusa Niké e à feminilidade que a ordem jónica representa.


Construído entre 432 e 420 a.C., o templo ergue-se no muro oriental da muralha da acrópole de Atenas e seguiu o plano do arquitecto Calícrates.
O templo era rodeado por uma balaustrada (espécie de varanda), mais tardia que o templo, que tinha como objectivo proteger os peregrinos do precipício a que se elevava o templo.



É um templo de dimensões reduzidas, localizado á direita da entrada da acrópole e enquadrado obliquamente em relação ao Propileus (entrada monumental para a acrópole).

Enquadramento do templo no Propileus

Construído em mármore pantélico, é um templo jónico anfipróstilo, pois possui quatro colunas nas fachadas principal e posterior, que se destaca pela extrema simplicidade.





Devido ao reduzido espaço para a sua construção, o templo continha apenas uma pequena cella, sem opistódomos.



A sua requintada decoração, concentrada no friso, é uma obra do escultor Agorácrito. O friso é uma faixa contínua onde aparecem representados os deuses do Olimpo, sentados ou de pé, seguindo atentamente as batalhas entre Gregos e Persas. A balaustrada do templo era decorada com uma série de vitórias aladas (nikái), cujas personagens possuíam atitudes graciosas e grande harmonia de proporções, erguendo troféus e celebrando sacríficios.

Frisos do templo decorados com cenas das batalhas entre Gregos e Persas

Nos frontões a decoração possuía uma temática diferente: a este, a dos gigantes, e a oeste, a das amazonas.
A decoração esculpida deste templo é um verdadeiro hino à beleza e à harmonia.
Um dos seus mais famosos relevos é a "Niké desapertando a Sandália".


Estas figurações não são apenas corpos estruturais envolvidos em vestuário, mas sim formas moldadas por drapeados flutuantes e transparentes, que fazem sobressair uma sensualidade subtil, que anuncia a arte do séc. IV a.C.